THE LAST OF US PART II - PS4 | VEREDITO
- Sobre Filmes e Séries
- 24 de jun. de 2020
- 4 min de leitura
Chegou o game mais esperado do ano para o console da Sony, o Playstation 4 produzido pela Nauthy Dog. A principio, o lançamento era para ter sido em Fevereiro desse ano, em seguida foi adiado para Maio, entretanto com o problema da pandemia e em seguida com o vazamento do game completo, a Sony decidiu que The Last Of Us Part II chegaria em 19 de junho de 2020.
Tal como o primeiro jogo, se passa num mundo pós-apocalípto em que foi devastado por um vírus, ou fungo, que deixam as pessoas sedentas como zumbis a la Resident Evil. O primeiro The Last Of Us foi um sucesso de crítica e de público, lançado em 2013 para o Playstation 3 e em seguida ganhando uma versão remasterizada para o atual console da Sony. Era de se imaginar que os fãs pudessem esperar algo ainda melhor com uma história ainda mais poderosa com elementos novos, correto? Nem tanto assim.
Diferente do que muitas pessoas estão fazendo na internet, dando zero para o jogo e se revoltando em função de muitas decisões que ocorrem durante a história, irei citar os pontos positivos e negativos desse game. Só para constar, o primeiro game é sim superior a esse novo mas isso significa que é ruim? Pelo contrário, é um grande jogo.
Vamos aos pontos positivos. Primeiramente, vamos falar dos gráficos que sofreram muitas modificações desde a primeira imagem exibida do jogo. A galera da Nauthy Dog procurou caprichar nesse elemento o tornando um dos mais bonitos da atual geração. A riqueza de detalhes realmente impressiona. Um game que foi feito durante anos e se aperfeiçoando com a qualidade técnica ao longo dos anos merecia nesse fim de geração gráficos a altura. É incrível, formidável, espetacular os gráficos do jogo.

A jogabilidade mantém o esqueleto do primeiro game com a adição de novos comandos como ficar abaixado a ponto de passar por baixo de um veículo, passar por lugares estreitos e a maior novidade é se esquivar. Achei muito importante esse comando. Quando um corredor, nome que se da aos inimigos, vem para cima de você, logo em seguida pode realizar a esquiva e sair atacando o inimigo e assim se torna mais fácil derrota-lo. Claro que isso funciona com apenas um inimigo, quando tem mais de um aí é correr ou derrota-los com armas de fogo. Claro que não possui tantas inovações na jogabilidade comparado ao game anterior mas ao menos o jogador não vai sentir dificuldades em executar os movimentos.
E os pontos negativos? A história é apontada como muitos o maior ponto fraco do game. Primeiro que o tema de pós-apocaliptico não é um tema simples de lidar. O mundo acabou, foi devastado por uma praga, muitos morreram e outros transformados em monstros e a cura não existe (até existe, mas o Joel salvou a Ellie na reta final do primeiro game e ela seria a cura para o vírus). O que fazer então num cenário desse? Podemos comparar com a série The Walking Dead que se assemelha nesse conceito a qual o objetivo é mostrar como o ser humano age num mundo que esta praticamente morto. É isso que The Last Of Us 2 faz, mas de uma forma diferente com relação ao primeiro game. Diferente no estilo em que os personagens agem em uma situação caótica. Muitos gamers reclamaram da postura de personagens veteranos de guerra naquele cenário e suas características simplesmente sumiram mediante a isso. É uma coisa que os produtores vivem mudando a exaustão em franquias, não só de games mas de filmes e seriados, para colocarem muito mais dramaticidade nas cenas. Sim, isso é um erro grande o que acaba até com o carisma de alguns personagens. E sem dar spoilers, tudo isso se torna genérico a partir daí como uma vingança pessoal, um tema já batido nas super produções. A história se torna genérica sim, é um dos pontos fracos do game, faltou mais de alguns personagens, mas num cenário que citei mais acima num mundo morto e sem vacina para a cura, o que fazer? Realmente a criatividade tem que vir a mil por hora.

Mas isso torna o jogo ruim? Pelo contrário. The Last Of Us Part II tem momentos tensos que exigem paciência para quem não quiser gastar munição com os inimigos. As vezes é complicado mirar na cabeça do inimigo para acabar com ele, mas é um desafio existente desde o primeiro game. Talvez até eu seja ruim de mira em alguns momentos e vem o desespero quando o inimigo chega perto pronto para atacar. Momentos tensos, vibrantes, dramaticidade, ação, inimigos desafiantes e boa jogabilidade são características primordiais para tornar The Last Of Us Part II um grande jogo sim, mesmo tendo uma história considerada batida. Um ponto importante no jogo com relação a uma polêmica surgida no game, é o relacionamento homossexual da Ellie. Quero deixar claro que isso não me incomoda em nenhum momento e não ligo para cenas lésbicas que possam ocorrer num game ou filme. O importante para mim é jogar um jogo que possa me divertir e isso o game conseguiu pelo menos para mim. Muitos estão dando nota zero por causa das cenas lésbicas que ocorrem no jogo como uma forma de protesto contra as cenas exibidas afirmando que não precisam mais explorar esse assunto, que é para agradar uma classe, que o mundo vai virar homossexual da noite para o dia, ou seja, ainda estão incomodadas como se fosse mudar algo na vida das pessoas. A mim não afeta em nada, mas parece que existem pessoas que ficam doídas quando assistem essas cenas. Se não gosta, ok mas dizer que vai mudar a vida do ser humano, aí é demais. Cada um cuida do seu quadrado, desde que não façam besteiras como matar, estuprar, agredir e etc.
The Last Of Us Part II: Nota 8/10
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